Cinco minutos ao ar livre melhora saúde mental

Estudo avança que actividades em zonas verdes intensificam bom humor e auto-estima



Pessoas sedentárias e deprimidas <br> são as mais 
beneficiadas
Pessoas sedentárias e deprimidas

são as mais beneficiadas
Apenas cinco minutos de exercício físico numa "área verde", como um parque, por exemplo, podem ser suficientes para melhorar a saúde mental, segundo avançou um estudo, publicado na revista especializada «Environmental Science and Technology», por uma equipa de cientistas britânicos.


Os investigadores da Universidade de Essex verificaram, após compararem dez estudos previamente realizados em 1250 pessoas, que as que praticavam actividades ao ar livre melhoraram rapidamente de humor e de auto-estima.


As actividades analisadas eram variadas, como caminhadas, ciclismo, pesca, jardinagem, cavalgada e remo e têm maior impacto entre as pessoas mais jovens e o efeito aparecia em apenas cinco minutos. Com o passar do tempo, os efeitos positivos continuavam aparentes, mas tinham menor intensidade.

Ainda segundo os investigadores, o resultado era ainda maior se o local também tivesse água, como um lago ou um rio. Para Jules Pretty, um dos autores do estudo, pessoas geralmente sedentárias, deprimidas ou com problemas de saúde mental seriam as mais beneficiadas por actividades ao ar livre.

"Empregadores, por exemplo, deveriam incentivar seus funcionários a fazer uma curta caminhada num parque próximo durante a hora do almoço para melhorar o humor e reduzir o stress", disse.

Tratamento de depressão com impulsos eléctricos revela resultados positivos


 Mark 
George, autor principal do estudo
Mark George, autor principal do estudo
O “Transcranial Magnetic Stimulation” (TMS) é uma terapia que consiste em impulsos eléctricos para tratar depressões, mas cuja eficácia tem sido questionada por muitos médicos.

No entanto, um novo estudo publicado na revista “Archives of General Psychiatry” pretende acabar com este cepticismo, tendo demonstrado que o TMS foi capaz de curar pessoas que sofriam de depressão, inclusive algumas que consumiam, sem sucesso, vários anti-depressivos.


Este tratamento tem por objectivo reactivar circuitos cerebrais que regulam o humor, visando à parte alta do lado esquerdo do cérebro, através de um aparelho que emite três mil impulsos eletro-magnéticos durante uma sessão de 37,5 minutos. O TMS pode ser administrados de forma segura no consultório de um médico, com poucos efeitos secundários.


Nesta investigação participaram 190 pessoas que sofriam de depressão, sendo que metade foi tratada com TMS e outra metade com uma simulação deste tratamento.Ao final de três semanas, com sessões diárias de 37,5 minutos, 14 por cento dos participantes que receberam o tratamento TMS superaram a depressão, enquanto cinco por cento dos doentes do outro grupo foram curados. Contudo, foram verificados efeitos colaterais como dores de cabeça e contracções oculares.

Numa segunda fase da investigação, todos os pacientes foram tratados com TMS, sendo que 30 por cento saíram da depressão. Mark George, do Centro Médico Universitário da Carolina do Sul e principal autor do estudo, pretende agora melhorar o TMS e ainda desenvolver uma nova classe de tratamentos baseados em estímulos eléctricos para outros problemas psiquiátricos.

In Ciencia Hoje

Keeping A Healthy Brain

Dieta rica em frutos secos, peixe e legumes pode prevenir Alzheimer


Frutos secos integram a dieta que pode prevenir o 
Alzheimer
Frutos secos integram a dieta que pode prevenir o Alzheimer
Embora não tenha cura, a doença de Alzheimer pode ser prevenida através de uma alimentação rica em frutos secos, peixe e legumes, revela um estudo publicado na revista científica Archives of Neurology.


O investigador Yian Gu, juntamente com colegas da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, analisou detalhadamente, ao longo de quatro anos, as dietas alimentares de 2148 nova-iorquinos reformados, tendo verificado que aqueles que mantinham uma dieta padrão com estes alimentos e evitavam os lacticínios gordurosos e a carne vermelha apresentavam menos hipóteses de sofrer de Alzheimer.

Os investigadores acreditam que o “segredo” está nos diferentes níveis de nutrientes oferecidos por essa combinação de alimentos, pois dietas ricas em ácidos gordos como o ómega 3, vitamina E ou folatos, mas pobres em gorduras saturadas, tendem a ser melhores para o ser humano.

Já estudos anteriores demonstraram também que a vitamina E tem efeitos oxidantes e prolonga a vida de portadores de Alzheimer, assim como os folatos reduzem os níveis do aminoácido homocisteína (associada ao Alzheimer) na circulação sanguínea.

Rebecca
 Wood
Rebecca Wood
Por outro lado, também já foi provado que as gorduras saturadas podem aumentar os riscos de demência na medida em que promovem a formação de coágulos no sangue, referem os investigadores.

Rebecca Wood, directora do Alzheimer's Research Trust, acredita que perceber a conexão entre a dieta alimentar e os riscos de demência pode ajudar a prevenir doenças como Alzheimer em algumas pessoas, pelo que é importante adoptar o estilo de vida à medida que se envelhece, ainda que isto não seja suficiente para eliminar por completo os riscos de se vir a sofrer desta doença neurodegenerativa.

The Brain

Cérebro Humano



O cérebro humano é a 3 libras (1,4 kg) de massa de gordura gelatinosa e tecidos, no entanto, é a mais complexa de todas as estruturas vivas conhecidas. Até um trillion células nervosas colaborar e coordenar as ações físicas e processos mentais que distinguem os humanos de outras espécies.

Cérebro e medula espinhal cervical


A vista traseira do crânio revela o cérebro ea medula espinhal cervical, que funcionam em conjunto como o sistema nervoso central. O aparelho utiliza notável neurônios motores para controlar vários músculos do corpo e permite que os seres humanos para realizar inúmeras atividades físicas.






Vias neurais do cérebro

O cérebro humano pode conter até um trilhão de neurônios. Estas células nervosas estão interligadas, como mostrado na imagem microscópica, de modo que eles podem transmitir impulsos elétricos e de informações para outras células.
 
Ressonância magnética do cérebro



A ressonância magnética (MRI) técnicas oferecem uma visão extremamente detalhada, 3-D de um cérebro vivo. A técnica é fundamental para a identificação de anomalias, como tumores, identificando os sinais de alerta de algumas doenças do cérebro, e revelando a extensão do trauma de acidente vascular cerebral.



Fatia do cérebro humano



Graças a técnicas de corte de precisão, os pesquisadores são capazes de examinar um pedaço de papel fino do cérebro humano. Os cirurgiões também pode cortar cérebros viver sem medo de ferir seus pacientes, o órgão é incapaz de sentir dor.



Paciente de cirurgia celebral



A Baltimore, Maryland, o paciente epiléptico realiza testes para a identificação da fonte de suas apreensões. Cirurgiões colocados eletrodos em seu cérebro que irá gravar as partes do órgão tornar-se ativo quando ele executa uma variedade de tarefas físicas e mentais.


IN National Geografic

Dia Internacional da Doença de Parkinson no IMM

Uma equipa de médicos e investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) que se dedicam à investigação da Doença de Parkinson vão realizar no dia 10 de Abril, sábado, um curso de formação dirigido a cuidadores e familiares de doentes.

Esta equipa, diariamente envolvida na investigação e acompanhamento destes doentes, reconhece a importância crescente dos cuidadores para o sucesso do tratamento. O curso tem como objectivos discutir aspectos básicos da doença com relevância para os cuidadores e estabelecer uma mais fácil comunicação entre os vários interessados sobre a matéria.

Como surge e como se manifesta a doença? Quais os avanços da investigação nesta área? Qual o papel dos medicamentos e tratamentos existentes? Estas e outras questões serão abordadas durante o curso, que é gratuito e se realiza no Edifício Egas Moniz, Faculdade de Medicina de Lisboa.


A doença de Parkinson é neuro-degenerativa e atinge actualmente mais de 20 mil pessoas em Portugal. Manifesta-se habitualmente a partir dos 60 anos, havendo no entanto 5-10 por cento de casos em que os sintomas aparecem antes dos 40 anos. Os sintomas mais evidentes são o tremor, a lentidão de movimentos e a rigidez muscular. Doentes famosos incluem o anterior papa, João Paulo II, e o actor Michael J. Fox.

Michael J. Fox sofre de Parkinson
Michael J. Fox sofre de Parkinson
O Dia internacional da Doença de Parkinson é comemorado a 11 de Abril. O curso agora anunciado insere-se num conjunto alargado de iniciativas do IMM, e no âmbito do Centro Académico de Medicina de Lisboa, para promover a investigação.

Biobanco


Entre as iniciativas está também a recente criação do Biobanco – base de investigação a estudos moleculares, clínicos e epidemiológicos, a desenvolver por entidades previamente autorizadas, com o objectivo de melhorar a prevenção, diagnóstico e tratamento de diversas doenças, e promover a saúde na sociedade em geral.


É constituído por uma colecção de amostras biológicas criopreservadas (neoplasias, sangue, plasma, urina, liquído cefalo-raquidiano, osso ou outros tipos de tecidos ou extractos moleculares), apensa a uma base de dados da qual constarão informações relativas a indivíduos que consentiram participar no projecto. As bases de dados integrando informação clínica e biológica permitem uma maior complementariedade entre a investigação básica/molecular e a clínica, essencial para o progresso do conhecimento em qualquer especialidade médica.


A criação recente do Centro Académico de Medicina de Lisboa reúne num único consórcio o IMM, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Hospital de Santa Maria, com o objectivo de desenvolver uma perspectiva integrada da medicina, fomentando a investigação biomédica transversal, desde a bancada dos laboratórios académicos até à prát
ica clínica.

Empatia e violência envolvidas nos mesmos circuitos cerebrais

Investigadores da Universidade de Valência, em Espanha, resumiram as estruturas cerebrais envolvidas na empatia, ou seja, na capacidade de nos pormos no lugar do outro, e realizou uma análise científica das mesmas. Concluíram que os circuitos cerebrais responsáveis pela empatia, são em parte, os mesmos envolvidos na violência.

“Assim como a nossa espécie pode ser considerada a mais violenta, desde que somos capazes por assassinatos em série, genocídios e outras atrocidades, somos também das espécies mais compreensivas e empáticas, o que parece ser o outro lado da moeda”, afirmou Luís Moya Albiol, autor principal do estudo e investigador da Universidade de Valência.

O estudo, publicado na Revista de Neurologia, conclui que o córtex pré-frontal e temporal, a amígdala e outras características do sistema límbico (como a insulina, por exemplo) desempenham um papel “fundamental em todas as situações em que a empatia aparece”.

Moya Albiol afirma que estas partes do cérebro sobrepõem-se “de um modo surpreendente” com aqueles que regulam a agressão e a violência. Assim sendo, equipa científica defende que os circuitos do cérebro, tanto para a empatia como para a violência, poderiam ser “parcialmente idênticos”.

Questão biológica

“Sabemos ainda que incentivar a empatia tem um efeito inibidor na violência, mas isto pode não ser apenas uma questão social, mas também biológica: estimular os circuitos neuronais numa direcção reduz a actividade na outra”, acrescentou o investigador.

Isto significa que é complicado para um cérebro “mais empático, ter um comportamento violento”. “Educar as pessoas para serem empáticas pode ser uma educação para a paz, resultando daí uma redução de conflitos”, concluiu Moya Albiol.

As técnicas para a medição do cérebro humano ‘ao vivo’, como a ressonância magnética funcional, estão a fazer o possível para descobrir mais sobre as estruturas do cérebro que regulam o comportamento e os processos psicológicos, tais como a empatia.

In Ciencia Hoje

Manipulação do cérebro pode afectar julgamentos morais

A manipulação de uma parte específica do cérebro pode influenciar julgamentos de índole moral. A conclusão é de uma equipa de neurocientistas do MIT - Massachusetts Institute of Technology, que realizou várias experiências agora publicadas nos «PNAS - Proceedings of the National Academy of Sciences».

Estudos anteriores revelaram que a junção tempero-parietal direita (TPJ), situada na parte de trás e acima do ouvido, está altamente activa quando pensamos nas intenções, pensamentos e crenças dos outros. A capacidade conhecida como «Teoria da Mente» defende que quando fazemos julgamentos morais inferimos primeiros sobre as intenções das pessoas.

Os investigadores induziram uma corrente eléctrica no cérebro utilizando um campo magnético (TMS) aplicado no escalpe para interromper temporariamente a actividade do TPJ. Descobriram assim que a capacidade do indivíduo de fazer julgamentos morais que exigem uma compreensão das intenções foi prejudicada.

Numa das experiências, os voluntários foram expostos ao campo magnético por 25 minutos antes de fazerem um teste no qual teriam de analisar uma série de cenários e fazer julgamentos das acções das personagens numa escala de um (absolutamente censurável) a sete (absolutamente aceitável).

Na segunda experiência, o TMS foi aplicado em pequenas ‘explosões’ de 500 milésimos de segundo no momento em que foi pedido ao indivíduo para fazer o julgamento moral. Por exemplo, foi-lhes perguntado de achavam permissível ou censurável alguém deixar a namorada atravessar uma ponte que sabia ser insegura, mesmo que, no final, ela a atravessasse sem qualquer problema.

Artigo está publicado na «PNAS»
Artigo está publicado na «PNAS»
Neste caso, o julgamento foi baseado apenas no desenlace o que fez com que definissem como ‘inocente’ a personagem que teria intenção de prejudicar a outra.

Em ambas as experiências, os investigadores perceberam que quando a actividade do TPJ estava interrompida os sujeitos eram mais propensos a julgar como moralmente admissíveis tentativas fracassadas de provocar danos.

Portanto, os pesquisadores acreditam que a TMS interferiu com a capacidade do indivíduo de interpretar as intenções dos outros, forçando-os a confiar mais na informação do resultado final para fazer seus julgamentos.

A equipa está agora a desenvolver um estudo sobre o papel do TPJ direito em julgamentos morais de situações ligadas à sorte e ao azar.

Artigo: Disruption of the right temporoparietal junction with transcranial magnetic stimulation reduces the role of beliefs in moral judgments

IN Ciencia Hoje

Um em cada 5 portugueses sofre de Perturbações Psiquiátricas

A partir de um estudo realizado constatou-se que um em cada 5 portugueses sofre de perturbações psiquiátricas. Através deste estudo foi possível fazer um retrato da saúde mental em Portugal. O nosso país relativamente a outros seis países é o que tem a prevalência mais alta, aproximando-se mesmo dos Estados Unidos que é o país onde as perturbações psiquiátricas incidem em maior número, revelou na passada terça-feira o coordenador nacional de Saúde Mental, Caldas de Almeida no Jornal,  "Público". Para além disso, "Portugal tem um padrão atípico em termos europeus" constata o responsável que apresentou o estudo na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, em Lisboa. A amostra era de 3849 portugueses e desses 22,9 % manifestaram sintomas que os colocam na categoria da perturbação mental, um número que só se aproxima dos 26,3 % americanos. No topo dos problemas estão as perturbações de ansiedade(16,5%), as perturbações depressivas (7,9%), perturbações de controlo dos impulsos (3,5%) e as perturbações relacionadas com o alcóol (1,6%).O estudo constata ainda que há maior incidência nas mulheres, os jovens dos 18 aos 24 anos, as pessoas mais sós (separados, viúvos e divorciados) e pessoas com níveis baixo e médio de literacia.

I Jornadas de Ciências Biomédicas

Na passada sexta feira, dia 12 de Março, dois elementos do grupo "impulsos", Laura Oliveira e Sílvia Fernandes foram até Aveiro para mais um congresso. Os outros dois elementos do grupo não poderam comparecer devido ao prazo estabelecido para a concretização do produto final. O congresso realizou-se no ISCA (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Joaquim José da Cunha) que fica precisamente perto da Universidade de Aveiro e tinha como objectivo a partilha de conhecimento sobre a investigação nacional actual nas áreas de Oncologia, Infertilidade, Novas Metodologias de Investigação, Aplicações Biomédicas e Neurologia. As jornadas eram de três dias (11, 12 e 13 de Março), mas apenas comparecemos no dia 12, pois iriam ser focados temas acerca das aplicações biomédicas e das neurociências. No âmbito das aplicações biomédicas compareceram oradores da Universidade de Coimbra para falar de adesivos biológicos biodegradáveis e do INEB (Instituto de Engenharia Biomédica) da Universidade do Porto com o intuito de dar a conhecer o funcionamento de sistemas injectáveis para a engenharia de tecidos, na parte da manhã. No turno da tarde e de maior interesse para nós, foi focada a investigação actual no centro de Biologia Celular da Universidade de Aveiro da doença de Alzheimer, também a investigação na doença do Parkinson no IMMUL (Instituto de Medicina Nuclear da Universidade de Lisboa) bem como um estudo aprofundado da doença das vacas loucas pelo mesmo instituto referido anteriormente. Para além disso, foi apresentada a doença de Paramiloidose por um representante do IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular) da Universidade do Porto e, por fim, um esclarecimento acerca da investigação a nível biomédico da doença de Alzheimer por uma representante da FMUP (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto). No dia anterior, dia 11 foi evidenciada a área de oncologia e as novas tecnologias de investigação. No dia 13 foi focada a área da infertilidade.
No fim do dia saímos com certeza mais cultas acerca do que tem sido feito a nível das doenças mentais que são sem dúvida pertinentes para o nosso projecto.

"Cérebro vai continuar a ser um grande mistério", afirma Alexandre Quintanilha

O biofísico Alexandre Quintanilha afirmou hoje, no Porto, que "o cérebro vai continuar a ser um grande mistério durante muitos anos".
Alexandre Quintanilha falava no Museu Nacional Soares dos Reis, na abertura das comemorações portuguesas da Semana Internacional do Cérebro, organizadas pela Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPN), este ano sob o tema central O Cérebro e a Arte.


Para o investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto, são ainda muitas mais as perguntas do que as respostas sobre o funcionamento do cérebro, nomeadamente em questões como o que é uma emoção e como se constrói e o que é a memória e onde está alojada.
"Se um dia conseguirmos controlar o cérebro, isso será perigoso para a forma como a sociedade vai evoluir?" , questionou.

A abertura da Semana do Cérebro incluiu uma mesa redonda, moderada por Alexandre Quintanilha e em que o neurocientista Nuno Sousa e o músico João Paulo Esteves da Silva procuraram pontos de encontro entre cérebro e arte.

Nuno Sousa concordou que há uma relação directa entre a saúde física e a saúde emocional, sublinhando que uma alteração do estado de humor provocada por essa relação "não é nada patológico" e "é absolutamente normal".

João Paulo Silva afirmou que, antes de um espectáculo, precisa de estar num "estado emocional neutro, que alguns chamam silêncio ou a página em branco de um escritor", estado esse que muitos músicos só conseguem alcançar com a ajuda de fármacos.

Nas escolas

O presidente da SPN, João Malva, destacou do programa da Semana Internacional do Cérebro, que se prolonga até sábado, a visita de neurocientistas a cerca de 150 escolas, onde irão contactar com "entre cinco mil e sete mil alunos" de todos os níveis de ensino.

"Pretendemos abrir a porta do laboratório e desmistificar a imagem do cientista" , referiu, explicando que foram escolhidas as escolas porque "os pequenos são os principais provocadores da sociedade" e os mais capazes de a influenciar.

In Ciencia Hoje 

Pais super-protectores podem levar a doença neurocerebral

Pais super-protectores podem inibir mais que a liberdade dos seus filhos.

Um estudo revela que a constante atenção e limitação pode levar a que desenvolvam lentamente uma área do cérebro responsável por doenças mentais.

Crianças que sejam demasiado protegidas ou negligenciadas pelos pais são susceptíveis de desenvolverem problemas de ordem psiquiátrica – associados a um defeito no córtex pré-frontal.


Para o estudo, Kosuke Narita, da Universidade de Gunma (Japão), testou o cérebro de 50 voluntários por ressonância magnética (scanner) e, ao mesmo tempo, pedia-lhes para responderem a um inquérito sobre as suas relação com os progenitores durante os primeiros 16 anos de vida.

O questionário utilizado para o trabalho de investigação é internacionalmente reconhecido como meio de medição de relações entre pais e filhos – chamado de Parental Bonding Instrument (Instrumento de ligação parental). O objectivo é avaliar os progenitores através de afirmações como: “Não me querem deixar crescer”, “Controlam tudo aquilo que faço” e “Tentam fazer com que dependa dele/dela para tudo”.

A equipa de investigação de Narita descobriu que aqueles que tinham este tipo de pais mostravam menos matéria cinzenta numa determinada área do córtex pré-frontal do que os que tinham relações familiares saudáveis. A negligência por parte do pai também está ligada a essa zona do cérebro.

Anomalias

Esta área específica do córtex cerebral desenvolve-se durante a infância, e apenas se costumam verificar anomalias em pessoas que sofram de esquizofrenia ou outras doenças do foro psiquiátrico. Segundo Kosuke Narita, o excesso de stress que a hormona cortisol emana, devido à negligência ou ao excesso de atenção, reduz a produção de dopamina e como resultado vai atrofiando o crescimento da massa cinzenta.

Contudo, investigadores australianos, embora não refutem de toda a teoria de Narita, consideram que há outros factores muito mais importantes. Anthony Harris, director da Unidade de Desordem Clínica, do Hospital de Westmead, em Sydney (Australia), consente que o estudo japonês seja grande utilidade, mas acrescenta que as diferenças no cérebro não são permanentes e podem modificar com o tempo.

In Ciencia Hoje

Nova esperança no tratamento de Parkinson


Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC) identificaram uma disfunção na estrutura das células que cria esperança no tratamento da doença de Parkinson.

Coordenada por Sandra Morais Cardoso, em colaboração com uma equipa da Universidade do Kansas (EUA), a investigação identificou a mitocôndria, um organelo intracelular que sintetiza a energia das células, como o sinalizador da disfunção no funcionamento celular que provoca a doença.


“Mostrámos que uma disfunção da mitocôndria potencia uma alteração de umas estruturas (microtúbulos) essenciais para se fazer o transporte dos constituintes celulares”, explicou a investigadora.

Utilizando células colhidas no sangue de portadores da doença de Parkinson, os cientistas verificaram que quando a mitocôndria não funciona correctamente - o que pode acontecer devido ao envelhecimento, stress oxidativo ou por defeitos genéticos - a eliminação das células degradadas não se processa da forma adequada.

“Podemos comparar os microtúbulos que existem nas células a uma rede de caminhos-de-ferro. Se ela estiver em alguns pontos danificada o transporte não é eficiente”, sublinha, acrescentando que vão formar-se nesses pontos vesículas, uma espécie de bolsas, com as partes danificadas das células que deveriam ser eliminadas, e proteínas que se tornam tóxicas, provocando a morte celular.

Segundo a investigadora, se se souber como a doença evolui ao nível da célula “podem identificar-se pontos como alvos, e desenhar drogas, fármacos, que vão actuar a esse nível na tentativa de curar ou de impedir a progressão da patologia”.

O que se faz actualmente na doença de Parkinson “é tratar os sintomas, mas não se impede a progressão da doença, e as células vão continuando a morrer”.

Tendo identificado o processo, a equipa de Sandra Morais Cardoso decidiu testar um agente que permitisse voltar a agregar os pontos da rede que estivessem danificados. Segundo uma nota de imprensa da reitoria da Universidade de Coimbra, foi escolhido o “taxol”, um composto também usado, mas em doses elevadas, na quimioterapia.
As conclusões do estudo, recentemente publicadas nos jornais internacionais «CNS & Neurological Disorders - Drug Targets», «Frontiers in Aging Neuroscience» e «Neurobiology of Disease», mostram que esse composto previne a acumulação de agregados tóxicos de proteínas em células com mitrocôndrias disfuncionais de doentes de Parkinson.

Ensaios clínicos para Alzheimer

Depois dos ensaios com células humanas, a partir de Maio os investigadores vão realizar ensaios em animais utilizando um fármaco sintetizado por uma equipa da Universidade de Israel e que tem estado a ser utilizado em ensaios clínicos com doentes de Alzheimer, outra patologia neurodegenerativa.

“Vamos ver o comportamento, mas também o cérebro destes animais, e se aqueles marcadores que se encontram no cérebro dos doentes e que se encontravam neste modelo animal deixam de existir com os tratamentos”
, explicou, acrescentando que esse composto é administrado por via nasal, o que lhe confere boas características para aplicação em humanos. A equipa de Sandra Morais Cardoso está também a tentar comprovar idênticos conceitos numa investigação sobre a doença de Alzheimer.


In Ciencia Hoje

Risco de AVC é hereditário


A probabilidade de um indivíduo sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) por volta dos 65 anos é maior no caso de um dos seus progenitores também ter passado pelo mesmo problema naquela idade, afirmam investigadores norte-americanos num artigo publicado no jornal Circulation.
Muitos dos factores de risco para o AVC, como a hipertensão arterial, a obesidade e o tabagismo, podem ser modificados, mas a história familiar da doença não pode ser alterada, lembram os autores, sugerindo que o historial clínico familiar passe a fazer parte da avaliação do risco de ataque.


Nesta investigação, foram recolhidos dados referentes a 3 443 pessoas. Na história clínica dos progenitores destes participantes, existiam 106 casos de AVC por volta dos 65 anos.

Entre os actuais participantes, 128 sofreram AVCs ao longo dos 40 anos em que decorreu o estudo.

Tendo em consideração os principais factores de risco para o AVC, os investigadores verificaram que os indivíduos cujos progenitores tinham tido aquele problema apresentavam o dobro do risco de também sofrerem um AVC.

Esta relação é mais acentuada entre mães e filhas.
In Ciencia Hoje

O que é que te passa pela cabeça?

Estamos em Março e vamos iniciar mais uma Semana do Cérebro. Enquanto o coração tem um mês inteiro a si dedicado, o que é inteiramente merecido, o cérebro tem apenas semana. É certo que as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo ocidental. Mas todos sabemos que sem função cerebral não há vida. Assim, uma semana parece demasiado pouco, tanto mais que muitas vezes andamos distraídos, com o cérebro ocupado a pensar na crise, na chuva excessiva ou na face oculta. Talvez tenhamos o coração preenchido, talvez apertado... talvez o coração tenha razões que a própria razão desconhece... mas é o cérebro que nos faz o que somos.


Então e porquê a semana do cérebro? É uma máquina fantástica que controla todas as nossas funções, desde as mais básicas às mais complexas, como a consciência e as emoções. Em 1,5 kg, um emaranhado perfeito de 100 mil milhões de neurónios comunica freneticamente, disparando em várias direcções, enviando sinais e mensagens e processando uma quantidade imensa de informação.
Numa altura em que, por causa do envelhecimento, assistimos a um aumento do número de casos de doenças que afectam o cérebro, como Alzheimer ou Parkinson, devemos alertar para estes problemas e para as soluções.
A Semana do Cérebro é uma campanha global que pretende chamar a atenção para os avanços e benefícios da investigação que é feita sobre o cérebro. Universidades, hospitais, grupos de doentes, escolas, associações e várias outras instituições por todo o mundo “celebram o cérebro”.

Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Neurociências, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Neurologia, são as grandes promotoras das várias actividades que serão desenvolvidas. Entre 14 e 20 de Março, os investigadores vão às escolas, os alunos visitam os institutos de investigação, e dá-se assim asas à imaginação.

No Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, a exemplo do que acontece um pouco por todo o país, os grupos de investigação em neurociências promovem um roteiro sobre algumas das áreas de investigação que desenvolvem – “O que é que te passa pela cabeça?” é o tema do roteiro que vai envolver várias experiências “hands on” com equipamentos sofisticados para ver neurónios em funcionamento, para ver modelos de doença de Parkinson em leveduras, ou para, simplesmente, deixar que o cérebro mostre a nossa veia artística.
Por todo o país, não faltarão certamente actividades interessantes em que todos podemos participar. 


In Ciência Viva Por Tiago Fleming Outeiro

BBC Science & Nature: Human Body and Mind

Aquando de uma pesquisa na net descobrimos no site da BBC uma série de jogos e testes psicológicos relacionados com a mente humana e funcionamento cerebral. Aqui está um screen shot de um desses teste. Visitem o site através da hiperligação abaixo e divirtam-se! =)


http://www.bbc.co.uk/science/humanbody/mind/surveys/memory/

Giuliano Binett: "Acredito que vou encontrar a cura para o Alzheimer daqui a cinco anos"


Para ver esta e mais noticias aceda a: 

http://www.grandeportoonline.pt/catalog/productImages/semanariograndeporto.pdf

A nossa Maqueta...

No início deste período começamos por construir uma maqueta com o intuito de seleccionarmos os materiais mais adequados para a edificação do cérebro de grandes dimensões. Na maqueta está presente apenas uma parte sensorial no seu interior constituída por gelatina (aquela que se utiliza em vasos) coberta de tecido, uma vez que o tempo começou a ser escasso para colocarmos também a parte científica, isto é, a que está relacionada com as doenças cerebrais que vamos abordar. No exterior da maqueta colocamos espuma de poliuretano para dar a forma da massa branca do cérebro e representamos os 4 lobos do cérebro através de diferentes cores (azul-lobo frontal, verde-lobo temporal, amarelo-lobo parietal e cor-de-rosa-lobo occipital). A sua estrutura é composta pela chamada rede de galinheiro.
Neste momento estamos a edificar o cérebro de grandes dimensões e em breve iremos expô-lo tanto na nossa comunidade educativa como no nosso blog.

Não percam!

:)


Aqui está a nossa maqueta:




"Impulsos" no I Encontro Internacional de Psicogeriatria



Nos passados dias 19 e 20, no Fórum S. Bento Menni, na Casa de Saúde de S. João de Deus, decorreu o I Encontro Internacional de Psicogeriatria. Tal como anunciado aqui no blogue, o nosso grupo, "Impulsos", esteve lá! 
Foi uma experiência muito positiva para nós as quatro, afinal foi o nosso 1º congresso! Chegamos ao local do encontro meio a medo e sem saber ao certo o que nos esperava. O 1º impacto foi fantástico! Mal passamos a porta de entrada,   vimos um monte de stands coloridas, abarrotadas de artigos apelativos, que preenchiam toda a sala de recepção. Com a ajuda do simpático André dirigimo-nos ao balcão para confirmar as presenças. No mesmo balcão deram-nos uma pasta alusiva ao congresso, um bloco de notas e uma caneta muito engraçada. E foi assim, com a nossa "pastinha" preta na mão, que nos dirigimos ao auditório para ouvirmos as diversas exposições planeadas para o dia. Tivemos o privilégio de ouvir grandes personalidades de diversos domínios da psicogeriatria tais como: psiquiatria, neurologia, psicologia, entre outros. Apesar de não dominarmos as matérias abordadas por todos os oradores, saímos com certeza mais informadas e com maior curiosidade e vontade para ampliar os nossos conhecimentos nesta área. 

    E cá estamos nós! =D

Alzheimer

Edição da «bíblia» da Psiquiatria com novas doenças mentais

  

Distúrbios alimentares e sexuais entram na DSM5

Compulsão alimentar, acumulação de bens, distúrbio de humor disfórico, dificuldades de aprendizagem ou desejo sexual coercitivo continuado são alguns dos novos rótulos que incluem a mais recente edição do manual de Psiquiatria por excelência, a quinta edição do DSM (acrónimo em inglês do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais), adiantou a Associação Americana de Psiquiatria.

A última versão desta bíblia datava de 1994 e a sua actualização era muito esperada pela comunidade científica. Neste momento, a nova classificação (que vai ser submetida a debate publico a partir de 20 de Abril), ainda tem que ser reavaliada e estudada por especialistas nos próximos anos, de maneira que não será considerada oficial antes de Maio de 2013.

Os primeiros dados conhecidos já estão a dar que falar. Para alguns a DSM5 simplifica algumas doenças mentais, agrupando-as em categorias mais amplas e claras. No entanto, para os mais críticos, a nova edição considera doenças mentais condutas não necessariamente desviantes.

Segundo Jerome Wakefield, professor de Psiquiatria na Universidade de Nova Iorque, alguns distúrbios que o manual reconhece supõem uma forma de estigma “e podem levar muitas pessoas a tomar medicação desnecessariamente”.

A DSM5 não é uma mera lista de patologias e a sua publicação tem enormes implicações tanto para investigadores, companhias farmacêuticas, seguradoras de saúde, como para políticos e doentes.

Distúrbios alimentares com destaque
O Washington Post chega mesmo a afirmar que entre os próximos anos de debate ate à sua publicação definitiva, se pode prever um movimento de milhares de dólares no sector.

Novos diagnósticos

Esta enciclopédia inclui um total próximo de 300 diagnósticos diferentes, o que supõe um aumento realmente significativo em relação à quarta edição.

Entre as novidades máis destacáveis está a definição de uma categoria de distúrbios do espectro autista, em que se incluíram tanto o autismo propriamente dito como outras variedades próximas como o síndrome de Asperger, ou o chamado transtorno de alteração de humor disfórico, que poderia ser aplicado a crianças com birras graves e variações de humor que até agora têm sido diagnosticadas como bipolares.

Uma das alterações linguísticas mais importantes do novo manual contempla mudar o término ‘atraso mental’ por outro mais politicamente correcto como ‘incapacidade intelectual’; até ao momento o vício em Internet está de fora da categoria condutas aditivas porque os especialistas consideram que não existem ainda evidências suficientes para ser considerado uma doença.


No campo das anomalias sexuais, inclui-se o transtorno hipersexual, o desejo baseado na coacção a outras pessoas ou o transtorno de penetração (caracterizado pelas dificuldades e ansiedade na hora de completar o coito vaginal).

Além disto, a DSM5 enumera uma extensa lista de parafilias e desvios sexuais, como o frotteurismo (definido por um desejo prolongado por mais de seis meses de obter prazer roçando os genitais em outra pessoa sem o seu consentimento), o voyeurismo, sadismo, masoquismo ou fetichismo, assim como outros transtornos de identidade de género.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39594&op=all#cont

Encontro Internacional de Psicogeriatria


É sob o lema «Investigar para Antecipar» que decorrerá, dias 19 e 20 de fevereiro de 2010, no Fórum S. Bento Menni, em Barcelos, o I Encontro Internacional de Psicogeriatria do Instituto São João de Deus.

Programa:

Dia 19 de Fevereiro de 2010
09h00 Abertura do Secretariado

09h30 Conferência de Abertura
Psicogeriatria, Cuidados Continuados e Plano Nacional de Saúde Mental
Orador: António Leuschener
Moderador: Luís Daniel Fernandes

11h00 Coffee Break

11h30 Sessão de Abertura
- Presidente C. Municipal de Barcelos - Miguel Costa Gomes
- Arcebispo Primaz de Braga - Dom Jorge Ortiga
- Superior Provincial Ordem Hospitaleira - Ir. José Augusto Louro
- Directora CSSJD - Isabel Bragança
- Director CSSJ - Luís Daniel Fernandes

13h00 Almoço

14h00 Abertura do Secretariado

14h30
1ª MESA: Demências - Da neurociência à Clínica

Investigação Neurológica - Giuliano Binetti (Bréscia)
Clínica Neurológica - Orazio Zanetti (Bréscia)
Prevenir & Remediar - Luís Ferreira
Demências fronto-temporais - Ana Paula Correia
MODERADOR: Álvaro Machado

16h00 coffee Break

16h30
2ª MESA: Problemas Éticos no Exercício da Clínica da 3ª Idade

Pastoral da Saúde - O caso particular do idoso - Mons. José Redrado, OH
Ética em Psicogeriatria - J. Ramos Montes (Barcelona)
Problemas Sociais específicos do idoso - Diana Castro
Os idosos e a justiça - Freitas de Sousa
MODERADOR: Walter Osswald

Dia 20 de Fevereiro de 2010
09h00 Abertura do Secretariado

09h30
1ª MESA: Psicogeriatria

Psicopatologia no idoso - António Sousa Cepa
Farmacoterapia no idoso - Lia Sousa Fernandes
Psicoterapias no idoso - Ricardo Campos
Problemas especiais do doente idoso - Carlos Violante
MODERADOR: Luís Sá e Melo

11h00 Coffee break

11h30
2ª MESA: Estratégias Reabilitadoras na 3ª Idade

Os cuidadores e a importância de um centro de dia para pessoas com Alzheimer - Alexandra Cardoso (Associação Alzheimer Portugal)
Reabilitação em Enfermagem - José Carlos Andrade
Estratégias ...e Dinâmica - Adelino Manteigas, OH
Educar para não demenciar - A Chiappa (Bréscia)
MODERADOR: Luísa Quintela

13h00 Encerramento e Almoço


Contactos:
Telf.: 253 919 000
Fax: 253 919 009
Email: psicogeriatria@isjd.pt
Website: http://www.isjd.pt/congressopsicogeriatria


E nós "Impulsos" vamos lá estar! :)


Falar de sexo no trabalho deprime

Um estudo realizado por investigadores da Rotman School of Management da Universidade de Toronto e da Sauder School of Management da British Columbia, no Canadá, revela que as conversas sobre sexo no local de trabalho minam a moral dos empregados ao ponto de ficarem deprimidos, de faltarem mais e de se sentirem menos valorizados.
Curiosamente, aqueles que mais se riem com as conversas «picantes» são os mais afectados, noticia o «20minutos».
Os autores do estudo procuravam o efeito das conversas de conteúdo sexual no local de trabalho. Nesse sentido tiveram em conta tanto as piadas, como também as insinuações entre colegas e as discussões sobre problemas sexuais.
O objectivo era observar e perceber se os homens e as mulheres obtinham algo de positivo com esta conduta. Mas o que se registou foi precisamente o contrário.
Os investigadores descobriram que apenas 25 por cento dos trabalhadores expostos a este tema o achavam divertido, enquanto que os outros mostraram-se menos à vontade.
Mesmo aqueles que de vez em quando embarcam nas brincadeiras demonstraram sintomas negativos. Assim, segundo o estudo, estas pessoas são mais faltosas, sentem-se menos valorizadas e têm mais tendência para sintomas de depressãodo que aqueles a quem as piadas são indiferentes.
Os resultados, que servem tanto para homens como para mulheres, foram publicados no «Journal of Applied Psychology». Jennifer Berdahl, professora e co-autora da investigação aconselhou chefes e empregados a não levarem assuntos relacionados com sexo para o trabalho.

Porque é que acreditamos em Deus?



O que aconteceu ao homem ancestral que começou a acreditar em deuses? Porque é que a nossa espécie tem tendência para a fé religiosa? A Ciência, especialmente a neurologia, deu início a uma busca dentro do cérebro para encontrar respostas que, por agora, são muito complexas.
Muito se avançou desde que o anatomista Franz Gall, no princípio do século XIX, disse que havia encontrado o corpo de Deus no corpo de cada humano, como explica o El Mundo num trabalho publicado sobre a visão da Ciência sobre Deus.
Agora, muitos investigadores de prestígio estão convencidos de que as redes neuronais estão por detrás dessa tendência para a espiritualidade, que é inata e que se tem repetido em todas as culturas e civilizações.
Se há uns anos o biólogo Dean Hamer dizia ter encontrado o gene de Deus, agora investigadores do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos (EUA) revelaram que as zonas do cérebro que se activam com a fé religiosa são as mesmas que usamos para compreender emoções, sentimentos e pensamentos das pessoas que nos rodeiam.
Este último trabalho, publicado recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Science, situa a ‘zona religiosa’ no lobo temporal e no frontal, o que indicaria, segundo o neurologista Jordan Grafman, que os humanos crêem em Deus utilizando os mesmos mecanismos para outras pessoas e que, como crenças que se transmitem de gerações em gerações, entraram na memória, imaginação e empatia.
O cérebro de um crente
Porque é que se crê em algo sobre o qual não existe constatação? Alguns científicos apostam na ideia de que o cérebro está organizado para que possamos crer.
Outras hipóteses defendem que a religião apareceu como uma adaptação evolutiva que fizeram que os genes que a facilitavam se transmitissem e prosperassem: a religião havia ajudado a formar grupos sociais coesos e a proporcionar consolo nas desgraças. Assim o entende o psiquiatra Francsico J. Rubia, autor do livro A Conexión Divina (A Divina Ligação, em tradução livre).
«A origem da espiritualidade, que não de Deus, deveu-se a vários factores. Influenciaram os sonhos, em que os indivíduos viajavam sem mover o corpo, dando lugar à ideia de alma, e também a predisposição de dualidade, porque o cérebro está organizado para ver o contraste, como a luz e a obscuridade, o finito e o eterno, o real e o imaginário. Tudo isto unia o grupo», defende o especialista.
No entanto, alguns antropólogos, como Scott Atran, do Michigan, EUA, acreditam que «religiões que falam do paraíso após a morte não fazem muito pela sobrevivência no aqui e agora».
Paul Bloom, psicólogo de Yale, procura a explicação fisiológica. O especialista argumenta que o cérebro tem dois sistemas cognitivos: um encarrega-se dos seres vivos e outro dos mortos, um trata da mente e outro do físico (dualismo de que falava Rubia). Esta seria a explicação do porquê de deixarmos o corpo nos sonhos ou em protecções astrais. É a mesma dualidade que preparar o cérebro para conceitos como a eternidade, a vida depois da morte.
O psicólogo acrescenta que pensar em experiências fora do corpo, espirituais, «está a um passo da criação dos deuses».
A procura de causas
Mas bastam estes deuses para dar lugar à religião? Deborah Kelemen, da Universidade de Arizona, acrescenta a este cocktail o sentido de causa-efeito, ou seja, a busca de uma finalidade ou uma concepção para tudo, algo que surgiu muito pelo instinto de sobrevivência (um ruído pode ser um predador) e que o cérebro extrapola ao resto: tudo tem um porquê.
«A religião é um artefacto inelutável do nosso cérebro», assegura Bloom na revista New Scientist. Até os ateus e agnósticos têm tendência para pensar no sobrenatural. Segundo Rubia, nestes casos a espiritualidade deriva para outras questões como a Natureza. «Sempre se procurará repostas porque isso produz endorfinas e, portanto, prazer, mas as experiências míticas podem não ser religiosas», assegura.
Atran chama-lhe «a tragédia da cognição»: «Os seres humanos podem antecipar o futuro e conceber a sua própria morte. Quando os processos naturais do cérebro nos dão uma saída, nós seguimo-la, claro», defende.
Então, a religião é um subproduto da evolução do cérebro humano ou foi escolhida para a sobrevivência do grupo? O evolucionista Richard Dawkinsconsidera correctas as duas premissas. Por um lado estaria a doutrinação que se recebe do grupo, e que se aceita para não se ser rejeitado, mas por outro lado há a predisposição cerebral em crer em seres invisíveis, que se concretizam através dos padres.
A relação religião-cérebro vai ainda mais longe. O psiquiatra espanhol Rubia recorda que há uma epilepsia que afecta o lobo temporal e activa a religiosidade por uma descarga de neurónios: «Os xamãs eram pessoas que entravam em êxtase e algumas sofriam desta patologia. Desde a antiguidade que eram quem falava com os mortos e curavam, seguramente por poderes mais psicossomáticos que outra coisa».
in SOL
Ainda será preciso muito tempo/investigação para que se entenda/explique muitas coisas…
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Sobre nós...


Somos o grupo "Impulsos", constituido pela Adriana, Laura, Sandra e Sílvia, alunas do 12ºA do Colégio La Salle. Aqui iremos postar todo o nosso trabalho ao longo deste ano lectivo, que será relacionado com o cérebro humano e doenças a ele associadas. Curiosidades, actividades a desenvolver será um pouco do que irá encontrar aqui.
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